Quantidade X Qualidade

A música gospel tem crescido tanto em qualidade quanto em quantidade. Isso é um fato. O acesso à tecnologia digital possibilitou a gravação de CDs. “Basta um computador e uma placa de som semiprofissional que você grava um CD”, afirma Gerson Freire – produtor da gravadora Joy Music e pastor da Comunidade Cristã no bairro Buritis em Belo Horizonte. Sobre a qualidade dos CDs, Gérson diz que “por meio dos estúdios que trabalham sério com música digital, é possível ouvir sons com altíssima qualidade e perceber todo o ambiente sonoro do instrumento sem ruídos”.

Para muitos evangélicos, o sonho de gravar um CD tem se tornado cada vez mais real – coisa que antes não acontecia com tanta facilidade devido aos altos cultos da produção. Gérson explica: “Há alguns anos, gravar um CD era caríssimo. Hoje os estúdios estão montados num custo mais baixo”.

Mas... se por um lado essa facilidade ajudou no crescimento da música gospel por outro a produção ficou banalizada. “Por ser mais fácil gravar um CD hoje, a produção ficou comprometida pela qualidade. Muitos produzem um CD rapidamente e querem ganhar com isso. Sem contar que a qualidade nem sempre é boa. Alguns CDs, mesmo com preços bem baixos, não conseguem sequer sair da prateleira das lojas”, analisa.

Esta última frase de Gerson Freire é uma realidade. Existem muitos CDs gospels no mercado, mas a qualidade e, principalmente, a unção de alguns deixam a desejar. Capas mal feitas, letras infundadas... e por aí vai.

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